Esta é a primeira perversão do sistema democrático que urge eliminar: a dependência política dos deputados (ou dos candidatos) em relação às respectivas direcções partidárias. E isso só será possível de uma maneira: introduzindo obrigatoriamente a democraticidade interna plena nos partidos políticos. Os candidatos a deputados devem ser sufragados no interior dos próprios partidos, isto é, devem ser escolhidos em eleições internas, disputadas por voto universal e secreto entre listas concorrentes, fazendo-se o respectivo apuramento segundo o critério da representação proporcional, em círculos eleitorais territorialmente coincidentes com os das eleições legislativas.
Escusado será dizer que esta alteração representará uma autêntica revolução democrática no interior dos partidos políticos. Supondo-se desde logo que idêntico método acabaria por prevalecer para a selecção dos candidatos autárquicos, inviabilizando a imposição de candidatos externos à revelia da vontade das secções concelhias, décadas de tradição no controlo do aparelho partidário pela facção dominante seriam assim contrariadas num ápice. Os órgãos internos dos partidos e os seus rostos mais visíveis na política seriam uma mais saudável expressão da emulação interna dos seus militantes e não um produto indesejável das prerrogativas e prepotências das instâncias superiores do aparelho. Seria a vitória do mérito sobre a subserviência, ou pelo menos a da credibilidade individual sobre a mera ortodoxia. Acima de tudo, seria a garantia da possibilidade de independência política daqueles que se candidatam a cargos públicos electivos.
Sabem desde que começou as guerrinhas de poder internas entre facções do PSD, que tudo isto deixou de fazer sentido!Hoje o PSD não é mais que um campo de batalha por lugares, todos os que tentam mudar algo no sentido de voltar a incutir estes valores, são severamente punidos por meia duzia de membros que controlam a máquina partidaria!Fui militante activo durante 20 anos, e deixei de o ser quando Pedro Santana Lopes e Menezes tomaram o PSD de assalto.Gostei de Marques Mendes tive esperança que podiamos mudar, mais tarde Votei em Pedro Passos Coelho, pois acredito que só renovando os quadros podemos mudar, mas venceu Ferreira Leite.
"Será que quem nos colocou nesta crise, nos pode agora tirar dela?"
tenho medo do futuro do nosso Partido, mas espero sinceramente que Ferreira Leite desta vez tenha uma conduta reformista, justa, futurista e de credebilização do PSD.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
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