quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Portugal, um Pais de Velhos, feito por Velhos e Para os Velhos!

A abordagem do problema da hipocrisia dos velhos Governantes de Portugal requer uma alteração dos termos da discussão.
Não se trata de procurar identificar aquelas acções e aqueles agentes que fraudam uma verdade universalmente válida, evidente ou acessível, compartilhada por todos.
As verdades são limitadas, relativas e definidas socialmente por um regime Velho e Gasto que supõe e produz poder.
A fraude não pode ser explicada pela natureza do agente mas pela natureza das relações e da estrutura de poder (Velha, Viciada e Gasta).
Embora todos estejam submetidos às regras deste regime de verdade e às coerções daí decorrentes, os comportamentos e as posturas assumidos frente a elas são diferenciados.
Há resistência nas relações de poder e há pluralidade na interpretação acerca das verdades socialmente produzidas.
Os agentes movem-se no complicado terreno do poder de modo a tentar afirmar as suas verdades frente às verdades socialmente estabelecidas. O melhor modo de operar neste terreno, recomenda a razão política, é distinguir verdades sociais elaboradas na forma de discurso público e verdades que devem ser mantidas circunscritas ao âmbito da reflexão privada.
O ocultamento de certas verdades garante maior eficácia na acção política para a manutenção dos Velhos feudais no Poder.
A renovação é vista como a maior ameaça!

1 comentário:

Ana Guedes disse...

Meu Príncipe, muito bem dito.
Esses dinossauros têm que ir para o museu, eu digo que o tempo deles já acabou.

Beijinhos e saudades para si.